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Foto do escritorEgizele Mariano

A VASSOURA DE ALECRIM NARRATIVA TERENA

A VASSOURA DE ALECRIM


Na aldeia Terena as anciãs eram responsáveis em cuidar do local onde moravam, zelando pelo bem estar da família, desta forma todas as tardes colhiam folhas de alecrim nativo do campo, levavam para casa e colocavam no varal, deixando repousar no sereno.

No dia seguinte uma anciã, acordava bem cedo, antes do sol nascer, fazia a vassoura de alecrim, amarrando-a na taquara com um cipó e começavam a varrer da estrada para dentro de casa, depois ao redor, o movimento da varrida era diferente, com movimentos abanando, pois não varria apenas a sujeira, varria se também os males que passaram durante a noite no local, segundo as anciãs, o mal sempre passava a noite, podendo ser os seres noturno, como o lobisomem e o saci, portanto varria se para limpar o xixi deixado por onde passaram.

Varrendo os males, protegiam as crianças e outras pessoas da comunidade de pisar e ficar doentes, a ação de varrer impedia que algo de ruim acontecesse a família, após varrer, pedia para todos da família se levantar e iniciar a sua rotina diária, isso acontecia todos os dias na aldeia, uma ação passada para as gerações terena, ao finalizar a varrida a vassoura de alecrim ficava secando e a usavam no dia seguinte, até suas folhas caírem.



Narrativas Indígenas da etnia Terena, contadas por Édio Felipe Valério, etnia Terena.21/05/2021, texto/organização: Egizele Mariano da Silva e Emislene Silva Mariano/2021








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