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Foto do escritorEgizele Mariano

As Dores do Mundo

POEMA "AS DORES DO MUNDO" (DE ELIAS JOSÉ)


"Sinto bem fundo

todas as dores do mundo.

Só que meu poema

não conseguiu tocar

em feridas maiores.

Abro os jornais

e leio e choro e me arrepio

com a fome

com a guerra

com a aids

com a violência

com a destruição

do verde e da vida.

Tento escrever,

mas sai um poema impotente.

Fico pensando:

As dores do mundo

pedem canções

ou exigem ação?"


Elias José, 1992.Cantigas de adolescer.


As Dores do Mundo poesia de Elias José, trabalhada em sala de aula na disciplina de Língua Portuguesa, possibilitou uma reflexão aos alunos através da leitura e interpretação, questionamentos orais e escritos, após desenvolveram uma poesia voltada para as Dores da Reserva Indígena, destacando os problemas que haviam na esperança de que as pessoas lessem e ajudassem a comunidade.





AS DORES DO MEU POVO


É necessário que sintam,

Todas as dores do meu povo,

Só meu poema não conseguirá tocar,

Há sofrimentos,

dores maiores que se possa imaginar,

Abro os olhos,

vejo aos redores

o meu povo a lamentar,

A tristeza invade

As mãos se encolhem

Os olhos se fecham

Para as dores de um povo

que tinham motivos para se alegrar,

um povo que era feliz,

com suas tradições,

que se vive agora, de lamentações,

é necessário que vejam

as dores do meu povo,

olhem, as lutas infinitas

as doenças e as violências,

a devastação do verde e da vida,

Fico a pensar,

Quem poderá ajudar?

O meu povo que vivia a sonhar,

Pois hoje, vive a sofrer,

Fico a pensar nas dores deste mundo,

Nas dores do meu povo,

Que só quer viver!

Egizele Mariano da Silva. professora de Língua Portuguesa/2019





AS DORES

Sinto muito, por todas as dores da reserva,

Só que meu poema não consegue tocar,

Assisto os noticiários

Choro me arrepio

Com as violências

Com a falta de água

Com as intensas queimadas

Com as mortes

Com a falta de segurança na aldeia;


Tento escrever

Mais um poema impotente

Fico pensando

As dores da reserva

Pedem orações

E exigem ações.


Aluno do 7ºC.2019



AS DORES DA RESERVA INDÍGENA

Sinto profundamente todas as dores da Reserva Indígena,

Com palavras e versos,

Não consigo tocar corações,

Realmente há muitas pessoas que não respeitam o próximo,

Há brigas,

Há mortes, estupros

Há muitas ocorrências,

Há muitas mortes,

Chamam, clamam por socorro,

Mas tardam a chegar

Algo já aconteceu,

É a nossa realidade,

Ninguém faz nada para nos ajudar!


Aluno 7ºB.2019.










SINTO BEM FUNDO

Sinto todas as dores da reserva,

Ligo a televisão,

Vejo as notícias

Muitas pessoas não veem

As drogas

As violências

As bebidas alcoólicas

Os ladrões

Pessoas destruindo as suas vidas,

Tento escrever um poema importante,

Fico pensando,

Como isso poderá mudar,

E tudo melhorar,

Mas no momento, não vejo solução.


Aluno 7ºC, 2019







TANTAS DORES


Sinto profundamente

Tantas dores

Na nossa reserva,

Quando ligo o rádio

Ouço a notícia

Ouço sobre mortes

Mulheres sendo estrupadas

Violências na reserva

Ouço boatos de jovens indígenas morrendo,

Tento escrever,

Fico a pensar, nessas dores

Que só há lamentos.


Aluno 7ºC.2019












AS DORES


Ligo a minha TV

Pesquiso na Internet

Só guerra e morte

Violências,

Drogas

Famílias se destruindo

Por causa do álcool,

Crianças bebendo,

Pais sofrendo

Será difícil, isso acabar,

Porque não vejo ninguém se importar.

Aluno do 7ºB.2019






AS DORES DA RESERVA INDÍGENA

Sinto profundamente

Todas as dores da reserva indígena

Com palavras e versos

Preciso tocar corações,

Só há feridas,Leio, choro, me arrepio

Com as dores que há,

Com as guerras, com as mortes,

Com as drogas

Com violências

Com suicídios

Com a destruição de nossas matas

Com o verde da vida,

Tento escrever

Mais não sai um poema importante,

Fico pensando

Em todas as dores que há,

Que não se vê, porque ninguém age.


Aluno do 7ºB, 2019







AS DORES DA ALDEIA

Na aldeia Jaguapiru

Temos muitas dores:

Fome

Violências

Destruição

E morte,

Nós indígenas

Temos que pensar

Em como acabar

Com essas dores

Devemos lutar

Contra as violências

E mortes,

Temos que mostrar

Que somos mais fortes!


Aluno do 7ºC, 2019








AS DORES DA RESERVA

Sinto bem fundo,

Todas as dores da reserva indígena,

Só que meu poema não conseguiu tocar,

Pesquiso na internet,

Leio

Choro, me arrepio

Com a fome,

Com as brigas que há na aldeia

Com as doenças

Com as violências

Tento escrever

Fico pensando

Nas dores da reserva.


Aluno 7ºC.2019





AS DORES DA RESERVA INDÍGENA

Sinto profundamente

Todas as dores da reserva indígena

Com palavras e versos,

Não consigo tocar corações,

Ligo a televisão

Assisto e fico triste

Com a fome,

Com as mortes

Com as doenças

Com as brigas

Com as poluições que há,

Tento escrever

Mais história importante,

Fico pensando

Na situação da reserva

Que pedem ajuda e socorro!

Mais nada fazem!


Aluno do 7ºB.2019









AS DORES DA RESERVA INDÍGENA

Sinto profundamente todas as dores da reserva Indígena

Com palavras e versos

Não consigo tocar corações,

Ligo o rádio

Fico pensando no que ouço,

São tristes os noticiários

Há morte, brigas, violências, drogas

indígenas perdendo a vida

Crianças abandonadas

Famílias em retomadas,

Mas o que posso fazer?

Escrever poemas,

Sabendo que poucas pessoas irão ler!

Fico pensando nas dores da reserva indígena,


Aluno do 7ºB, 2019.










AS DORES DA RESERVA INDÍGENA

Sinto profundamente as dores da aldeia

Só que minha fala não basta,

Vejo a comunidade sofrendo

Ligo a TV, só vejo desgraça

Mulheres são espancadas

Filhos matam seus pais,

Vejo violências

Vejo destruições

Tento entender,

Por que isso acontece na vida,

Fico pensando na reserva

Na minha aldeia, onde só há sofrimentos.

Aluno do 7ºB.2019


AS DORES DA RESERVA INDÍGENA

Sinto profundamente, todas as dores da reserva indígena,

Com palavras e versos, não consigo tocar em outros corações.

Abro os jornais e leio

Vejo o que acontece, vejo as dores que há

Não consigo imaginar,

Há muitas dores a passar,

Ficamos arrepiados

Com os assassinatos

Com invasões e mortes,

por falta de terra

com o suicídio

por falta de amor á vida

com a violência

que finda vidas,

mesmo assim tento escrever

vejo o que escrevo não é suficiente

penso em fazer algumas canções

sobre as dores que há,

tenho esperança

que essas dores venham amenizar.

Aluno do 7ºB.2019






AS DORES DA RESERVA INDÍGENA

Sinto profundamente, todas as dores da Reserva indígena,

Com palavras e versos

Não consigo tocar corações

Pesquiso na internet

Só lamento pelo o que acontece,

drogas

conflitos

doenças

violências

e destruição de vidas inocentes,

tento escrever

na expectativa de alguém ler

professores, pessoas, governantes,

alguém para nos ajudar,

ouço lamentos dos moradores

vozes pedindo socorro,

alguém mais precisa ouvir.


Aluno 7ºB,2019






Postagem Egizele Mariano da Silva/Janeiro de 2023, trabalho desenvolvido com os alunos em sala de aula no ano de 2019.



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