AILTON DE OLIVEIRA; BIGUÁ
Ailton de Oliveira, nasceu no dia 02 de outubro de 1951, na Aldeia Bororó, localizada na Reserva Indígena de Dourados-MS, indígena da etnia Guarani, filho de mãe Kaiowá, seu pai veio do Paraguai, passando a residir na aldeia Bororó.
Biguá é um passarinho que come peixe, fica na beira do rio, esperando a melhor hora para atacar, e quando aparece um peixe, rapidamente ele pesca, metendo o bico na água.
Biguá saiu da aldeia, quando seu pai faleceu, tinha mais um menos dez anos de idade, não falava a Língua portuguesa, foi para Dourados, sendo criado por um Senhor chamado Antônio Ruiz, que lhe ensinou muitas coisas, apesar de ter três filhos, o tratava como fosse seu, lhe fez estudar, proporcionando uma formação, ajudando o muito, fez o ginásio até a 8ª série, e, assim aprendeu a falar o português, cresceu na cidade e quando já estava grande, resolveu voltar para a Aldeia, segundo Biguá“ O índio sempre sente saudade do seu chão, do lugar onde nasceu” quando ainda menino, acreditava que deveria aprender as coisas com os brancos, para ensinar aos indígenas, segundo ele “acho que já nasci com o dom de aprender as coisas e transferi-las para o meu povo...” acreditava que esse era o seu papel, trazer o que havia de bom na cidade para dentro da reserva; Casou com uma indígena da reserva, formou uma família que era composta pela esposa e três filhos, dois meninos e uma menina, atuou como conselheiro e logo tornou-se capitão da Aldeia Jaguapiru, sendo conhecido por todos pelo apelido de Biguá, permaneceu na capitania por 7anos, quando em 1992 foi destituído do cargo, passando a residir em Amambai na Aldeia Limão Verde lugar onde faleceu em 09 de agosto de 2017, aos 65 anos de idade, uma liderança Guarani, que teve uma atuação de responsabilidade e grande importância na Reserva Indígena de Dourados-MS.
Fonte/informações, Jornal O Progresso, reportagens Jornalísticas datadas em 1978 á 1992-Dourados -MS, Livro o Canto de Morte Kaiowá História Oral de Vida, José Carlos Sebe Bom Meihy; postagem e organização do texto: Egizele Mariano da Silva/2022
Imagem Jornal O Progresso, Biguá em sua atuação na Capitania na Reserva Indígena de Dourados-MS
Imagem/Internet. Biguá, quando residia na Aldeia Limão Verde em Amanbaí.
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