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Foto do escritorEgizele Mariano

MITO YURIKOYUVAKAI


O Mito Yurikoyuvakai. Escrito pelo o antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira (1976)


Yurikoyuvakai

Herói que tirou os Terena do fundo da terra, lhes entregou o fogo, instrumento necessário para a sobrevivência.



“ Mito Yurikoyuvakai”. E a Divisão dos Terena


Um casal indígena tinha um filho de nome Yurikoyuvakai, que era solitário.


De acordo com os relatos tradiçionais:

Os pais de Yurikoyuvakai o convidavam para trabalhar e ele não quis ir, mas houve um dia em que ele teve que ir contra a sua vontade, para a roça com seus pais, e lá a sua mãe tirou a foice e cortou Yurikoyuvakai ao meio. Assim, resultaram dois indivíduos, ou seja, um da cintura para cima e o outro da cintura para baixo, dando a origem das duas metades distintas dos Terena: os Sukirikiano e os Xumonó.

Xumonó: eram pessoas bravas, guerreiros;

Sukirikianó eram pessoas alegres e mansas, famílias pacíficas.



A estrutura da organização social dos Terena era constituída pelo “Chefe de Guerra”, que presidia o “Conselho Tribal” da Aldeia. Esse conseho representava as metades endogâmicas, conhecidas como “Xumonó” e “Sukrikiano”. Cada metade tinha um chefe, chamado de “nâti”. Em caso de morte, o cargo era transmitido geralmente para o filho mais velho, que precisava demonstrar as aptidões individuais para ser “nâti”; caso contrário passava-se para o próximo filho que demonstrasse possuir tais aptidões. Essa indicação era submetida à aprovação do “Conselho Tribal” da Aldeia (BALTAZAR, 2010, p. 50). essa organização ainda acontece em algumas aldeias terena, em algumas somente através da linhagem dos antepassados que é possível identificar a qual grupo pertencem, e a escolha do chefe também não segue mais esse critério.

A partir essa divisão de camada social entre as famílias terena, manifestava-se as cores Terena da seguinte forma cor que varia de aldeia para aldeia

Sukirikiano: vermelho e preto

Xumonó: azul e preto




Tiago Gilson, KIXOVOKU HÔMO TERENOE: Um estudo antropológico sobre o jeito Terena de se pinta. Campo Grande/2018.Trabalho apresentando na 31º Reunião Brasileira de Antropologia realizada entre os dias 09 e 12 dezembro de 2018 Brasília/DF

Postagem e edição: Egizele Mariano da Silva/Novembro-2022


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