OS 100 ANOS DA RESERVA INDÍGENA DE DOURADOS
Egizele Mariano da Silva
A história da Reserva Indígena começa em 1917,
ano em que foi demarcada, para os nossos patrícios Kaiowá viver,
Vindo também os Guarani, que habitavam próximo daqui,
Apesar de poucos recursos fluviais,
Era um lugar com muitas riquezas naturais,
Despertando a ganância para a exploração,
Mudando o futuro de uma grande nação,
Indígenas, passaram a viver confinados, a mão de obra explorada,
A erva mate retirada,
Trabalharam na construção das linhas telegráficas,
As árvores: Peroba, Pau-brasil e Aroeira,
Utilizaram para fazer madeira,
Para ajudar nos trabalhos, trouxeram o povo Terena,
O objetivo era de tornar o povo indígena grandes agricultores,
Na Reserva, construíram o posto Francisco Horta, para atender a comunidade,
A Missão Evangélica Caiuá, com escola, hospital e instituto bíblico veio a colaborar,
A Reserva Indígena se transformou;
duas aldeias se formaram: Aldeia Jaguapiru e Aldeia Bororó, habitadas por três etnias: Kaiowá, Guarani e Terena,
A primeira escola Francisco Hibiapina se chamou,
Hoje habitam na reserva um povo que guardam consigo tradições de tempos muito antigos,
Das matas fizeram grandes plantações,
Substituídas agora, por construções,
O povo que não se preocupava com a sustentabilidade,
trabalham diariamente na cidade,
Convivem com bebidas alcoólicas, drogas e violências,
Uma influência da modernidade,
Uma vida de dor, lamentações e doenças,
Mudou-se os hábitos, mudaram se as crenças,
O índio está na luta para sobreviver,
Aprendendo a ser civilizado,
Preservando as memórias dos antepassados,
o modo de vida, tradições, e o Tekohá sagrado,
Não há como deixar de ser índio,
Viver ou pensar, como o homem branco,
Pois, há uma cultura, língua e tradições,
Que apesar das transformações,
A terra é mais que um simples bem,
É a história, memória, alma de um povo;
No dia 03 de Setembro de 2017, a Reserva Indígena Francisco Horta Barbosa, completou Cem anos de existência!
Cem anos de grandes histórias,
De quem nela morou, e por ela lutou,
De quem nela mora e por ela vive a lutar,
De quem por ela zela e vive a preservar
A reserva indígena agora é um grande lar.
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