Produções textuais:Temática: Reserva Indígena de Dourados MS

100 Anos da Reserva Indígena de Dourados

No ano de 2017 a nossa Reserva Indígena de Dourados faz 100 anos,

100anos de histórias,

100 anos de existências

100 anos de transformações,

Que representam a luta do povo Guarani, Kaiowá e Terena,

100 anos em que minha aldeia passou por vários problemas,

100 anos em busca de soluções, para muitos dilemas,

Nesses 100 anos que se passaram,

Percebi que nascentes secaram,

Árvores, animais sumiram,

Percebi uma cultura morrendo,

Vidas, nascendo, crescendo,

Sem conhecer a sua história,

Pois, poucos, valorizam a memória

Dos que muito lutaram,

Para preservar a nossa história.

Mel Marques, terena, 8ºB,2017

Reserva Indígena

Moro na Reserva Indígena

Minha terra, meu lar,

Nossos antepassados, viveram em territórios com muita terra,

Havia muitas terras para todos morar,

Está tudo pequeno, está tudo apertado,

Não há lugar para morar,

Muitos indígenas, não tem onde morar,

Não tem onde plantar,

E agora onde irão morar?

A reserva foi criada,

A terra foi dividida,

Nosso povo, vivem espalhados,

Foram colocados em reservas,

Sem rios, córregos, sem água,

Sem matas, porque árvores foram derrubadas,

O que havia de bom foi tudo explorado.

Rodrigo Reginaldo Souza, terena, 8º B, 2017

Produções, são resultados dos trabalhos e atividades realizadas em sala de aula a partir do ano de 2017, relacionados ao Processo Histórico da Reserva Indígena de Dourados, pois refere-se aos cem anos da reserva, e as temáticas: sobre os problemas vivenciados como: A falta de água, sobre os problemas ambientais, a falta de terra, sustentabilidade, sobre a identidade indígena e a importância do estudo.

Em sala de aula realizou-se a leitura e interpretação de diversos textos relacionados, como reportagens jornalísticas, fez se a socialização através de debates e questionamentos orais, enfim cada aluno como registro de sua aprendizagem e reflexão, fez-se a produção de texto, todas as produções foram corrigidas e devolvidas aos alunos para que fizessem as correções necessárias, uma atividade na qual não gostavam muito, pois deveria realizar a leitura de todo o texto, atentar-se para as correções realizada pela professora, verificando os erros ortográficos a estrutura do texto como títulos, parágrafos, uso de letra maiúscula, introdução desenvolvimento e conclusão... etc, Muitos textos mantiveram a ideia do aluno, não foram corrigidos a coesão e coerência, para que não perdesse a originalidade da ideia do aluno.

Ao trabalhar com essas temáticas, percebe-se que os alunos tem mais dificuldades de registrar os seus conhecimentos, relatar sobre a sua realidade, o que para o professor deveria ser fácil, para o aluno torna difícil, no caso das produções deveriam relatar sobre o que vivenciavam, mais na hora de registrar, não sabiam o que escrever, e com o direcionamento e correções do texto suas ideias iam fluindo; Outros alunos já conseguiram desenvolver seu texto com facilidade pode se ver isso no desenvolvimento de suas ideias e na estrutura do texto, além da presença de argumentos. (Egizele Mariano da Silva/2017

A Reserva Indígena

A Reserva Indígena foi criada em 1917 e passou a ser chamada de Francisco Horta Barbosa, mas antes de colocar o nome ela era chamada de Tekohá Guassu, antes só havia matas grandes, os parentes viviam da caça e da pesca, agora a reserva não é como era antes, tudo está mudado, as vilas, a cidade estão próxima a reserva, e com isso, aumenta os moradores na reserva;

Se a Funai não tomar providência, aonde iremos colocar nossos futuros filhos, netos e bisnetos, porque moramos apertados, cada um já tem seu lote, está tudo dividido.

As duas aldeias cresceram, tanto a aldeia Jaguapiru, quanto a Bororó, desde o início ela foi crescendo, desde a construção do Posto, escolas, estradas e moradias.

Lugeilson Araújo, Kaiowá, 8ºB,2017

História do nosso Povo

Nosso povo era muito rico de cultura, nossos antepassados indígenas ensinavam seus filhos a caçar, pescar, as meninas aprendiam com suas mães a cultivar a terra e fazer artesanatos.

O pajé era muito sábio, por isso era muito respeitado, contava histórias para seu povo em volta de uma fogueira, com isso o povo iria aprendendo mais sobre a sua cultura, viviam em comunhão, um ensinava o outro, as crianças aprendiam a ser um índio de cultura e respeito.

Em 1500 quando os portugueses chegaram, proibiram nossos antepassados a viver como viviam, obrigando os a viver como eles viviam, ensinando a língua portuguesa, disseram que a nossa cultura era feia, porque não era igual a cultura deles, fizeram muitos indígenas trabalhar como escravos e aos poucos a nossa cultura foi morrendo, devido a isso muitos pais não puderam ensinar a língua indígena materna aos seus filhos, não ensinaram a caçar, pescar ou fazer artesanatos, não puderam mais sentar com o pajé para ouvir histórias; Hoje ouvimos muito pouco de nossos antepassados e sobre a nossa história, porque isso nos foi tirado, não é possível mais nós caçarmos e pescarmos, porque tudo isso mudou desde 1500, agora nós indígenas falamos a língua portuguesa, aprendemos a ler e a escrever, ainda temos a oportunidade de aprender sobre a nossa cultura na escola.

Luiz Alexandre de Souza Martins, Terena, 7ºB 2017

A Reserva Indígena de Dourados

Logo, quando foi criada em1917 a reserva indígena não tinha esse nome, não era dividida em aldeias, antes o Brasil era um país cheio de índios e com o descobrimento ficou ruim, porque chegou a civilização com os portugueses e sua idiotice, não se preocuparam com a cultura dos nossos antepassados, porém mudaram toda a vida do povo indígena, os costumes, trouxeram bebidas, violências, armas que agora fazem parte da vida de muitos indígenas.

Agora na Reserva Indígena foi criada para reunir os indígenas, para não atrapalhar o trabalho dos portugueses, que arrendaram as terras para explorar as madeiras e erva mate, colocaram os parentes indígenas para trabalhar e vieram os povos indígenas da etnia terena por volta de 1920, porque eram fortes, ajudaram na construção das linhas telegráficas e ferrovias.

Aluno: Breno Luan Garcia Ramos, Terena, 6ºC, 2017

A Reserva Indígena de Dourados

Na Reserva Indígena de Dourados haviam , matas e animais, era tudo perigoso, havia córregos cheios, quando criaram a reserva, surgiram casas de materiais, agora esta um lixo, há muita violência, drogas, ladrões e assassinatos.

Logo começou a surgir as cidades, agora há muitas casas, criaram projetos e entrega de cestas básicas, escolas, postos de saúde, construíram casas para a comunidade indígena.

Edu Cavalcante Arce, Guarani, 6ºC, 2016

A Reserva Indígena de Dourados

Durante 1864 a 1870 ocorreu a guerra do Paraguai, os registros contam que o Paraguai queria tomar as terras brasileiras, queriam usar os rios para facilitar a exportação, como havia indígenas no território brasileiro, convocaram para participar da guerra;

Em 1917 a reserva Indígena foi criada e nela foram colocados os parentes indígenas guarani Kaiowá e Guarani Nhandevá, em 1920 chegaram os indígenas da etnia Terena, em 1925, construíram o posto Francisco Horta Barbosa, em 1928 os Americanos fundaram a Missão Caiuá, assim passaram a construir escolas, em 1992 construíram a escola Tengatuí.

Paola Ortiz Rodrigues, guarani, 7ºB

A Reserva Indígena de Dourados

Quando eu nasci a Reserva já era assim, mas a minha mãe disse que o nome da aldeia Jaguapiru foi dado, porque tinha muito cachorros magros e a aldeia Bororó recebeu esse nome, porque tinha muitas nascentes, perguntei para minha avó se a aldeia era diferente antes, ela me disse que sim, porque as casas eram longe uma das outras, mas depois perguntei ao meu pai até que ano ele estudou, ele disse que estudou até o 2° ano, porque a vida antigamente era difícil, as escolas não ofereciam o ensino fundamental completo, relatou que agora é mais fácil, porque temos ônibus.

Agora eu tenho a oportunidade de concluir o ensino fundamental, minha mãe també pouco estudo, por isso ela me ienta a estudar e eu não falto nas aulas, só eu estou estudando da minha família, porque todos tem o ensino fundamental incompleto.

Raiane Ferreira da Silva, Kaiowá, 7°B, 2017

A nossa Reserva Indígena

Na nossa Reserva indígena há bastante nascentes, córregos e minas, nós precisamos cuidar das nascentes, tem gente que joga muito lixo nos córregos, não devemos poluir a água, queimam as matas que ainda há na aldeia, realizam queimadas próximas as nascentes e rios, matando os peixes, secando os lagos, deixando os animais sem água, assim acabam morrendo, por isso não devemos poluir as nascentes.

Se colocar fogo nas matas da aldeia, o fogo se espalha por todos os lugares, surgem as fumaças prejudicam o ar, vamos cuidar da natureza, da nossa reserva, plantar árvores onde não há.

Eliel de Oliveira Duarte, Kaowá, 6ºC,2017

A Reserva Indígena de Dourados

A Reserva Indígena de Dourados foi criada em 1917, sendo a segunda área de terras reservada, homologada em 1965 com uma área de 3.565 hectares, uma doação feita pelo presidente da província de mato grosso, foi criada para os guarani Kaiowá que residiam na região de Dourados, para facilitar a exploração do território indígena, pois havia muitas riquezas como: erva mate, madeiras tipo peroba, pau-brasil e outros recursos que haviam.

Hoje em dia não existe mais matas, as árvores foram derrubadas e vendidas para fazer madeiras, logos quando os portugueses chegaram foram explorando a mão de obra indígena, trouxeram os terenas para ajudar na construção das linhas telegráficas e ferrovias, dentro da aldeia construíram o posto da Indígena Francisco Horta em 1925, para o SPI acompanhar a vida da comunidade indígena e orientar o cultivo e produções, Em 1928 vieram os americanos dos estados Unidos e fundaram a Missão Caiuá, em 1938 havia duas escolas, a escola da Missão e a escola da Posto, Em 1985 aumentaram os problemas com bebidas alcoólicas e drogas e falta de alimentos para a comunidade, surgindo muitas violências e suicídios na reserva.

Em 1992 foi inaugurada a escola Tengatuí Marangatu-Polo o terreno para a construção foi doado pelo Senhor Simião Martins, o Nome da escola foi escolhido pelas lideranças que atuavam naquele ano, na língua guarani significa: Local de Ensino Eterno, no ano de 2005 começaram a construir a escola de sapé para atendimento dos alunos do ensino médio, mas não deu muito certo e tiveram que construir outra de alvenaria, inaugurada em 2009, no ano de 2011 inaugurou a construção da vila Olímpica na Reserva indígena para a prática de esporte e lazer da comunidade, são algumas ações que ocorreram na reserva indígena.

Eduardo Rodrigues de Oliveira, Guarani, 7ºC,2017

Reserva Indígena de Dourados

A Reserva Indígena de Dourados foi criada em 1917, sendo a segundo área de terras reservada, foi homologada em 1965 com uma área de 3.565 há, uma doação feita pela presidente da Província de Mato Grosso, a reserva foi criada para os Guarani kaiowá, que residiam na região de Dourados, tudo para que os portugueses e espanhóis pudessem explorar o território indígena;

As riquezas que existiam era a erva mate, e muitas árvores que foram derrubadas e vendidas, desta forma os recursos foram acabando pouco a pouco, e hoje devido a sua exploração acabaram-se as matas e os ervais existentes;

Os portugueses eram os exploradores e os indígenas eram obrigados a trabalhar, logo por volta de 1920 os terenas vieram para a reserva, ajudar os parentes Guarani Kaiowá e Guarani Nhandeva, foram obrigados a explorar seu próprio território, fazendo picadas, estradas, ajudando na construção de ferrovias.

Aluno Horácio Ortiz de Mattos, Guarani, 7ºC, 2017