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Foto do escritorEgizele Mariano

Produções textuais: Temáticas Voltadas para a realidade do ano de 2007

ÍNDIO TRABALHADOR

Graças ao índio trabalhador,

Trabalha, trabalha, trabalha,

Trabalha cortando cana,

Derramando suor,

Trabalha, minuto, hora dia e semana,

Índio que trabalha...

Trabalha cortando cana.

Índio que não quer ver,

Seu filho no mundo da desnutrição,

Trabalha, trabalha, trabalha...

Somente para conseguir sua alimentação,

Índio não tem medo não,

Tenta vencer, vencer a maldade da desnutrição,

Índio corta cana,

Pois não há mata,

Não há mata para caçar,

Trabalha, semana, semana, semana...

Sem descansar...

Estou falando sobre, Sustentabilidade,

Hoje o índio tem que cortar cana,

Para sustentar a sua família,

E para trazer boas notícias para a comunidade.


Ernandes Rosa de Souza-7ºA- Guarani, 2007




SUICÍDIO

Sinto uma grande vontade de chorar,

Ao ver meu patrício se suicidar,

Não há esperança, não há pensamento,

Querendo poder ter tudo de bom,

Só consegue um pão,

E nesse desespero,

Lá vem, a tristeza,

Lá vem, o abandono,

Lá vem, as angústias, no mesmo tempo a corda se ajusta,

Talvez por ignorância ou por maldade,

Acham que assim será melhor,

E suspira bem fundo dizendo,

Adeus mundo, adeus mamãezinha,

vivendo assim não dá mais.


Lucas Rosário , 8ºA Terena-2007


A NOSSA VIDA HOJE

Hoje a nossa vida está muito difícil, porque nossas famílias não tem onde plantar e cultivar seu próprio alimento, além de não ter terra não tem semente.

Em outras aldeias há muitas pessoas, crianças que estão morrendo de fome, muitas mães, não tem o que dar aos seus filhos. Seria muito bom se todos tivessem terra para plantar, tivessem muitos animais para criarem, assim as crianças não morreriam de fome e não ficariam desnutridas, mesmo quem tem família grande.

As vezes as famílias repartem suas terras e ficam morando todos juntos e acabam sem lugar para plantar seus alimentos.


Djaini Peixoto de Souza- 6ºA, Guarani,2007


A NOSSA ALDEIA

A nossa aldeia antigamente,

Era muito diferente,

Não tinha pobreza, violência ou morte,

Viviam felizes em um lugar, muito bom de se viver,


A nossa aldeia antigamente era como uma casa confortável,

Mais tiraram a sua beleza

Deixando nós índios na pobreza,

Na nossa aldeia, havia muitas árvores,

E tínhamos sombra, flores, frutos, alimentos e um ar puro,

Para isso voltar a acontecer,

É preciso plantar,

Regar e cuidar

E esperar as flores florescerem...


Gheus Martins Veron-7ºA, Kaiowá,2007


TODO DIA ERA DIA DO ÍNDIO


Era dia da terra, da fauna e flora, pois em sua glória de índio, era exemplo puro e perfeito, cada índio tinha seu jeito de ser, existia harmonia, fraternidade e alegria de viver, todo dia, era dia de índio, era nosso dia.

Que saudade daqueles tempos em que nosso povo viviam bem, no entanto hoje o canto é triste, ouve-se o lamento de uma raça que em outro tempo já foi muito feliz.

Antigamente, todo dia era dia do índio, dia de danças, mitos, lendas e rituais, que hoje ficou para trás, somos lembrados em um único dia, 19 de abril.


Geovane Mariano-8ºA, Kaiowá,2007


A NOSSA VIDA HOJE


A nossa vida aqui na aldeia hoje é muito difícil, algumas pessoas vivem bem, outras não, muitos sofrem para conseguir alimentos, para a sua família, porque muitos indígenas não trabalham e passam por muitas dificuldades e não se alimentam bem.

Ainda há aqueles que produzem seu próprio alimento e sua família tem que comer, mas muitos indígenas trocam seus alimentos por bebidas alcoólicas, deixando seus filhos sem nada para comer.

A nossa vida hoje está difícil principalmente para quem não trabalha, quem não tem a sua própria terra.


Willian Peixoto Vogarim-6ºA, 2007


A aldeia de Dourados


Moramos na aldeia de Dourados, aqui muitos indígenas, não tem o que comer, outros não tem onde morar, alguns até tem o lugar, mas não tem uma casa boa, uma casa de material, muitos moram em casas de lona ou em uma casa velha caindo aos pedaços.

Muitos de nossos povos, só dependem de cesta básica do governo ou da FUNAI, antigamente plantavam, caçavam, pescavam e não passavam fome como agora, perderam o interesse, os jovens não querem estudar, para terem um futuro melhor.

Agora nós indígenas temos que estudar para garantir o nosso futuro e do nossos filhos, se toda a comunidade pensassem assim, todos teriam um futuro melhor.


Ana Paula Ramires Mariano, 6º-Terena/2007


A COMUNIDADE INDÍGENA


Antigamente nossos povos indígenas, viviam muito bem, porque não existia drogas, nem bebidas alcoólicas, todos índígenas falavam na sua língua, rezavam, pescavam e caçavam.

As famílias indígenas plantavam muitas coisas, mas quando chegaram os portugueses, foram explorando, fazendo trocas com o que o nosso povo tinha como: flecha e cocar; Os portugueses queriam explorar a terra que já pertenciam ao nosso povo.

Assim os índigenas que aqui viviam, foram enganados, perderam suas terras e hoje na nossa aldeia, nossos irmãos índios estão passando necessidade, pois surgiu a fome, doenças e a desnutrição.


Caio Amarília Gonçalves, Guarani,8ºA/2007


Produções textuais dos alunos do 6º ao 8º ano do período vespertino, da Escola Tengatuí Marangatu, realizadas na disciplina de Língua Portuguesa, professora:Egizele Mariano da Silva, com temáticas voltadas para a realidade vivenciada na Reserva Indígena de Dourados no ano de 2007, período em que muitos indígenas deixavam suas famílias e saiam para trabalhar na usina de cana de açúcar, ficando meses fora, famílias indígenas em situações precárias, sem trabalho, sem cultivar suas roças por falta de recursos financeiros, famílias dependentes do álcool, com a falta de alimentos crianças sofrem com a desnutrição, indígenas sem alternativas de vida cometem suicídios, alunos relaciona a vida dos antepassados a realidade vivenciada no momento.

imagem, José Augusto artísta plástico.


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